sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Dia 2 e 3 e 4

Três dias passaram e estou bastante satisfeita comigo. Nada de grandes objectivos malucos mas foram mais três dias sem comidas processadas. E estou até surpresa pela falta de vontade que tenho tido de doces, geralmente não é assim. Tinha pensado que poderia sempre preencher esses desejos com fruta e mel, ou outro xarope vegetal, ou até com mingau, mas a verdade é que não me tem apetecido. É verdade que ainda só foram quatro dias, e pode até ser coincidência mas tenho tido muito menos fome entre refeições...
O segundo dia foi complicado. Não pela comida mas por receber notícias tristes. Morreu o pai de uma grande amiga, daquelas amigas de longa data, daquelas que mesmo quando passamos um ano sem nos ver parece que foi ontem quando estivemos juntas, daquelas que quando nos encontramos dão-se momentos de uma felicidade que preenche, só com isso, só com estar!
Quando acontece algo assim a alguém que é importante é mesmo difícil estar longe; lidar com a vontade de poder acompanhar, de poder tocar, de poder abraçar, de poder estar... Em momentos como este penso no porquê de viver longe de tanta gente que me importa. De ter a minha ervilhinha a crescer rodeada de uma família que mesmo a amando por mil, não deixa de ser só de dois. É complicado. Mas pensar em voltar é pensar numa vida que optamos há muito deixar para trás, precisamente porque não nos satisfazia. É complicado. Escolher as aventuras e os prazeres de conhecer outros lugares, ou o conforto e a partilha de estar rodeado de quem conhecemos desde há muito. É complicado.



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Dia 1

Criei este blog já há quase 3 anos e nunca mais escrevi....uau!!
Hoje é o dia que resolvi mudar de vida e lembrei-me de porque não registar aqui essas mudanças.
Este mudar de vida é particular, já que nestes três anos muitas coisas já se "mudaram". Mudei de país já duas vezes, fui mãe duma linda menina que já tem uma ano, e tanto mais... O que importa é que nos últimos meses a alimentação cá em casa tem sido uma grande porcaria, e chega! (À excepção da nossa ervilhinha, para ela sempre tentamos a melhor alimentação). Eu começo a sentir-me muito mal comigo mesmo, a ter dores de cabeça e enjoos que atribuo sem pensar duas vezes à alimentaçao. Para mim aquela tão conhecida frase do "nós somos o que comemos" sempre me pareceu do mais acertada.
Então hoje comecei a gradual, porque vai ser gradual, mudança de hábitos alimentares cá em casa; até porque a ervilhinha começa a pedir cada vez mais comida dos nossos pratos e se queremos que ela coma bem, nós temos que ser o exemplo.
Primeiro passo:
Nada de comidas pré feitas, por mais que não haja tempo e blá, blá, blá, não pode ser. É veneno.
Segundo passo:
(Este para mim é difícil). Acabar com os doces RUINS!!! São aqueles doces industriais, ou mesmo de pastelaria, carregados de açucar, farinhas brancas e aditivos, aromas, conservantes, reguladores, sei lá mais o quê.
Quando estava grávida portei-me muito bem com relação aos doces, não digo que às vezes não comia, mas com muita regra. Depois da gravidez é que foi o problema, acho que para tirar a "barriga da miséria" comecei a comer muitas vezes e a comer doces que antes não comia (esses RUINS). Agora acho que desenvolvi uma dependência, porque não fico mais do que dois ou três dias sem sentir uma quase necessidade de doce, posso dizer que é horrível; principlamente porque o que sinto a seguir não á prazer nem satisfaçao. É mesmo mal estar.
Ontem fui ao supermercado numa missão rápida de comprar algodão quando resolvi passar por aquele cantinho da padaria e trazer uns croissants para satisfazer a minha necessidade. Quando cheguei a casa li a etiqueta dos ingredientes e fiquei abismada pela quantidade de E-??? que tinham. Por curiosidade, e porque a pequena ervilhinha queria probar, fui para a internet ver o que eram; dos muitos que havia a verdade é que apareciam como inofencivos para a saúde, mas havia um quatrocentos e cententa e algo que era, digamos, "nao inofencivo". Poderia ser associado a dores de cabeça, mal estar e já foi proibido na austrália.
O quê? Sério? É isto que eu ando a colocar no meu corpo!? É hora de parar. E essa é a história que me trás aqui, ao DIA 1 da mudança gradual de vida, e digo de vida porque acredito que uma mudança profunda nos hábitos alimentares vai trazer consigo uma gigante e inevitável mudança em muitos outros aspectos da minha vida e da minha família. Espero ter a força de percorrer esta mudança e também de a registar.
Hoje o almoço é uma salada crua, com o que tinha no frigorifico que podia ser comido cru. Isso que eu não sou nada de misturar muitos ingredientes mas a verdade é que ficou deliciosa. A ideia da salada crua é para voltar a introduzir os alimentos vivos na minha alimentação, também por causa da gravidez comecei a comer muito os meus vegetais cozidos (medo de toxoplasmose e afins). Acredito e, é mais do que dito, que a maioria dos alimentos perde uma grande quantidade de vitaminas quando cozinhados, e também parece que destruimos as enzimas próprias dos vegetais ao cozinhá-los, sendo que nos são muito benéficas (ou algo assim, tenho que estudar um pouco melhor este conceito). A questão é que como não quero deixar passar mais um dia, que é algo que já estou a fazer há muito, hoje é o dia 1. Sem preparação, sem leituras, sem certezas, sem ter que compar outra comida, sem nada.

Dia 1: mega salada deliciosa:
couve chinesa
couve roxa
aipo
acelga
tudo partidinho

sementes de girasol (muitas)
uvas passas

molho:
azeite de nóz
vinagre balsámico
curcuma fresca ralada
alho negro esmagado

tudo bem misturadinho e deu uma óptima salada

O docinho da tarde já está pensado. Um pouco de ananás, com kiwi e banana regado com um fio de mel.





quinta-feira, 30 de maio de 2013

Olá,

deste lado está uma vegetariana já de alguma data com uma grande paixão pela cozinha- pelo preparar e pelo comer.
Depois de muito repetir: "sim, sim, eu um dia faço um blogue de cozinha, cheio de receitas deliciosas e saudáveis", aqui está! mas muito me parece que mais que um blog de cozinha vai ser um diário de vida, vamos ver :)
Para dizer algo de mim: acredito que a alimantação é uma parte muito importante do que somos, de como nos sentimos.